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Títulos hierárquicos no Batuque do RS

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Eu sempre digo que sou conservador no Batuque. Isto significa que concordo com novas interpretações, mas não com a alteração dos ritos. Os ritos do Batuque foram instituídos por nossos ancestrais e devemos honrá-los. Contudo, defendo o uso de alguns títulos no Batuque que são típicos do Candomblé como Abíyán, Ìyàwó e Ẹ̀gbọ́nmí. Alguns criticam isso porque seria candomblenizar o Batuque. Outros que seria uma apropriação indevida. Eu acredito que não há problema algum, assim como não houve quando passamos a utilizar os termos Bàbálórìṣà e Ìyálórìṣà que também foram criados pelo Candomblé. Em África estes títulos não existem. O termo típico do Batuque para o sacerdócio, pelo menos até meados dos anos 1980, era Babaláu e Babalôa , certamente corruptelas de Bàbáláwo , o sacerdote de Ifá-Ọ̀rúnmìlà. Foi com a popularização do Candomblé na grande mídia no centenário da abolição da escravatura em 1988 que os termos Bàbálórìṣà e Ìyálórìṣà começaram a aparecer por estas bandas gaudérias.