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Umbanda na Vila São José - Porto Alegre

Sou morador da Vila São José desde que nasci. Vi esta vila crescer em número de casas e de centros de Umbanda o que me levou ao questionamento: como a Umbanda foi parar na Vila e por que os moradores a aceitaram apesar da crítica cristã sobre essa religião. Este trabalho vem ao encontro desses questionamentos na intenção de respondê-los se não totalmente ao menos em parte. Para tanto, me proponho a analisar os processos que levaram o povo da Vila São José a adoção da Umbanda como sua confissão religiosa. Identificarei a dinâmica da ideologia umbandista na Vila São José; a desconstrução dessas ideologias pela comunidade religiosa cristã no transcorrer do século e a reminiscência dessa concepção hoje; e a caracterização da religiosidade, da economia e das relações sociais dos moradores da vila. https://docs.google.com/open?id=0B4nGBqn2MxtfVFJJTXNiS2FRQzYxUTBhWW51dWJ6Zw

RÚBỌ ÒRÌṢÀ - As Oferendas na Religião Afro: usos e sentidos

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Àgo yè égbòn! Acreditamos que o nosso mundo, o Àiyé , é simbionte com o Òrun , o mundo transcendente. Tudo o que acontece aqui tem reflexo lá e vice-versa. O Òrun não é o céu como alguns antropólogos afirmaram. Pois não existe essa distância entre o Òrun e o Àiyé . O Òrun está aqui e agora, não podemos vê-lo, mas está aqui. Oferendas no Ojubó do Ilé Àse Òrìsà Wúre A terra pertence aos Òrìṣà , por isso os alimentos cultivados nela também pertencem à Eles. A relação das oferendas, que os leigos chamam de despachos, é de tributo aos Òrìṣà . Se nós nos alimentamos é graças ao Àṣẹ de fertilidade e fecundidade dos Òrìṣà manifestados nas plantações e nas culturas de animais de abate, então lhes oferecemos parte do alimento como agradecimento pela doação desse poder. A urbanização do culto deturpou alguns desses conceitos mas sua essência é a mesma. Como os dois mundos são simbióticos, vemos em certos pontos do Àiyé espaços de ligação direta (como portais) com o Òrun . Estes espaço...

Game sobre Revolta dos Alfaiates está disponível para download

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Carol Soledade Núcleo de Jornalismo Assessoria de Comunicação Jogo é financiado pela Fapesb, pelo programa Pró-Forte UNEB e tem apoio do CNPq. Imagens: Divulgação Simular o cenário da sociedade baiana no fim do século XVIII, durante a Revolta dos Alfaiates (ou Revolta dos Búzios), resgatando a história e criando um espaço virtual no qual estudantes e professores podem discutir conceitos e significados sobre esse importante momento histórico. Esses são os objetivos do novo game pedagógico Búzios: Ecos da Liberdade, que já está disponível para download no site www.comunidadesvirt uais.pro. br/buzios . A iniciativa foi desenvolvida pelo grupo de pesquisa Comunidades Virtuais de Aprendizagem, do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da UNEB. A professora da universidade Lynn Alves, coordenadora do grupo de pesquisa, explica que o jogo é em versão 2D, no estilo adventure, desenvolvido em um software esp...

Links Interessantes

Ensino de história e cultura africana em sala de aula http://www.slideshare.net/culturaafro/frica-1691445 Sociedades negras pré-históricas no Brasil http://www.direitos humanos.etc. br/index. php?option= com_content& view=article& id=4285:sociedad es-negras- pre-historicas- no-brasil& catid=16: racismo&Itemid= 167 Áudio de entrevista com Zélio Fernandino de Morais, fundador da umbanda http://registrosdeumbanda.wordpress.com/2010/05/05/a-ligacao-entre-zelio-de-moraes-e-benjamim-figueiredo/#comment-78 "A construção das relações de poder na educação segrega as pessoas diferentes, tornando-as desiguais",  por Arísia Barros http://www.cadaminuto.com.br/blog/blog-raizes-da-africa O tempo africano http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2588466

120 livros acadêmicos para download gratuito

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Os livros são disponibilizados pela Cultura Acadêmica, parte da Fundação Editora da UNESP Crédito: dny3d/Shutterstock.com A Universidade Estadual Paulista ( UNESP ), através da Cultura Acadêmica (um dos braços de sua editora principal), está disponibilizando 120 títulos acadêmicos em formato digital para download gratuito . Os livros estão divididos em 23 áreas do conhecimento e são voltados para estudantes de graduação e pós-graduação que precisam de material de apoio para desenvolver projetos acadêmicos . Confira quais são os livros disponibilizados pela Cultura Acadêmica: deste especial: Livros acadêmicos de Artes Livros acadêmicos de Biologia Livros acadêmicos de Ciências Livros acadêmicos de Ciências Humanas Livros acadêmicos de Ciências Sociais Livros acadêmicos de Comunicação Livros acadêmicos de Design Livros acadêmicos de Direito Livros acadêmicos de Economia Livros acadêm...

O QUE É “BALANÇA”?

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Ago iyè egbóns! Uma das perguntas mais frequentes nas comunidades em redes sociais cujo tema é a religião afro-gaúcha é o ritual batuqueiro conhecido como “balança”. Como se faz; como proceder em caso de rompimento; e para quê serve são as perguntas mais freqüentes daqueles que anseiam por conhecimento. O que podemos fazer é uma análise sistemática do ritual para tentarmos levantar hipóteses que não passam de meras especulações, já que este espaço não seria suficiente para uma dissertação sobre o tema. Témis Primeiramente temos que entender a origem do termo “balança”. Essa nomenclatura foi passada de geração a geração sem uma explicação lógica aceitável. Parece-me que se refere à dança já que a mesma é feita alternando-se o movimento: ora indo para frente, ora para trás, como que se tivesse dois pesos. Há também a idéia de que essa dança seria pertencente a Xangô, o Orixá da justiça. E a justiça é representada no mundo ocidental pela efígie da deusa da lei e da justiça:...

ESTUDO DIRIGIDO DE TEXTOS

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GOMES, Flávio dos Santos. Quilombos do Rio de Janeiro no século XIX. In: REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos. Liberdade por um fio : história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. pág. 263-285. MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Etnicidade e liberdade: as nações africanas e suas práticas de alforria. In: Ciências & Letras . n. 44. pág. 167-186. Este pequeno texto tem por finalidade relacionar os artigos de Gomes e Moreira com a conjuntura das resistências escravas do século XIX, para a disciplina de História do Brasil II, ministrada pela Profª Drª Véra Lucia Maciel Barroso. Kátia Mattoso, Mário Maestri, Clóvis Moura, João José Reis e outros historiadores tem constantemente aludido à questão das resistências escravas. Conceituando “resistências escravas” como um processo em que os escravizados alijam-se do trabalho compulsório tomando medidas pensadas ou não, entendo que os artigos de Gomes e Moreira se encaixam perfeitamente no quadro exposto po...