Afroteologia: elementos epistemológicos para se pensar numa teologia das religiões de matriz africana
Estudando
Teologia logo nos deparamos com algumas especificidades teológicas
que observa recortes sociais como a teologia feminista, a
latino-americana, a indígena e a negra. No entanto, a despeito dos
discursos de diversos autores que promovem a alteridade dos saberes,
o respeito à cultura do outro e seu posicionamento diante do mundo,
ainda evidenciamos uma forte tentativa de “cristianocentrar” o
diálogo. Neste contexto existe a Teologia Afro-Negra que é a
tentativa negra de se valorizar positivamente diante do cristianismo, cujas teologias não contemplam a cultura negra. Então para
diferenciarmos a Teologia Afro-Negra cristã da Teologia das
religiões de matriz africana consideramos prudente o termo
afroteologia. Consideramos o termo afroteologia em detrimento de
Teologia yorùbá ou fòn, ou ewe, ou kimbundo, etc., por
acreditarmos que existem “organizadores civilizatórios
invariantes” que estão na base das religiões de matriz africana,
tanto no continente africano (em suas várias formas étnicas) quanto
nas afro-diaspóricas (candomblé, Batuque, tambor de mina, xangô,
santería e vodu). A afroteologia então é a teologia própria das
religiões de matriz africana. Parte de princípios próprios da
visão de mundo ancestral africana, que lhe confere uma relação
singular entre o significante e o significado; lhe emprega sentidos
próprios seguindo a lógica cultural das observações desse povo
sobre o mundo visível e invisível.
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Ao citar este texto use a seguinte referência:
SILVEIRA, Hendrix. Afroteologia:
elementos epistemológicos para se pensar numa teologia das religiões
de matriz africana. In: Deus na sociedade plural: fé, símbolos, narrativas: anais do congresso da SOTER / Sociedade de Teologia e Ciências da Religião. Belo Horizonte: PUC Minas, 2013. p. 1133-1143.
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