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Mostrando postagens de agosto, 2008
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TEOLOGIA E FILOSOFIA AFRO-BRASILEIRA

Àgo ye ègbon! As religiões de matriz africana estão alcançando patamares nunca antes alcançados junto às universidades nacionais e internacionais. No passado a religião era vista como um objeto a ser estudado pelos pesquisadores burgueses brancos para conquista de seus títulos em mestrados e doutorados, sempre vendo a religião como algo exótico a ser observado como num zoológico. Geralmente imbuídos por sentimentos eurocêntricos, esses pesquisadores classificavam as religiões de matriz africana como meras seitas anímicas praticadas por negros apedeutas com religiosidade limitada. Hoje, contrariando todas as estatísticas, vemos nossos irmãos dentro da academia, dentro das universidades, fazendo pesquisas e aparecendo como produtores intelectuais mostrando o Batuque, o Candomblé e a Umbanda com uma visão “desde dentro” como trata Juana dos Santos em seu livro “Os nagô e a morte” (Vozes, 2002). E são muitos os pesquisadores sérios que produzem um material que exprime o pensar da religi

HISTÓRIA DOS NEGROS NO RIO GRANDE DO SUL

Ago iyè egbón! Há dois séculos atrás, os navegantes que se dirigiam à Colônia do Santíssimo Sacramento pensavam que a embocadura da Lagoa dos Patos fosse a foz de um grande rio. Foi Martin Afonso de Souza o primeiro a fazer este caminho, em 1530, com o intuito de demarcar o território português na América, chamando o lugar de Rio Grande de São Pedro, em função de ele ter alcançado este local no dia de São Pedro (29 de junho) segundo alguns historiadores ou pelo naufrágio de um dos barcos que o acompanhava cujo capitão era seu irmão, Pero (que no português arcaico significa Pedro). Mas o primeiro registro de transposição da Barra do Rio Grande é de 1737, quando o Brigadeiro José da Silva Paes chegou para construir a fortificação de madeira denominada de Forte Jesus-Maria-José, onde hoje é a cidade de Rio Grande. O forte ficava a meio caminho entre Sacramento e Laguna, a cidade portuguesa mais ao sul do Tratado de Tordesilhas, e servia como base para descanso e abastecimento. O forte