Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2008

NATAL, PAPAI NOEL, KWANZAA E BATUQUE

Imagem
Àgo ye ègbón! A palavra Natal é latim e significa nascimento. A festa, instituída pelo Papa Libério no ano 354, é em referência ao nascimento de Jesus de Nazaré no dia 25 de Dezembro pela Igreja Católica Romana e, no dia 7 de Janeiro, pela Igreja Ortodoxa. É encarado por todos os cristãos como o dia consagrado à reunião da família, à paz, à fraternidade e à solidariedade entre os homens. Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do solstício de Inverno. Por isso essa data foi adotada para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao "nascimento do deus sol invencível" ( Natalis Invistis Solis ), que comemorava o solstício de Inverno. A festividade romana em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. Assim, em vez de proibir as festividades pagãs,

QUEM É O AXERÊ?

Àgo ye égbon! Pouco se discute sobre o axerê e seu papel na nossa religião, embora existam muitas teorias e explicações para sua existência. Muitos acreditam que o axerê é o Orixá em estado infantil e por isso cobrem-lhe de brinquedos e badulaques, mas se fizermos uma análise epistemológica de seu comportamento teremos também outras idéias a seu respeito. Existe uma tremenda confusão a respeito da palavra que o identifica: axêro, axerê, axerêo, axêre, são alguns dos termos pronunciados pelos africanistas gaúchos. Este termo existe só no Rio Grande do Sul e é derivado de uma palavra da língua iorubá. Carlos Galvão Krebs, um dos primeiros antropólogos gaúchos a pesquisar o batuque foi até a Bahia se encontrar com o mais que conhecido etnólogo francês Pierre Fatumbi Verger. Ao se deparar com a palavra axerê, coletada na comunidade afro-gaúcha, Verger extasiado diz: “Mas isso é iorubá” – mostrando um dicionário dessa língua. De fato, em seu livro Orixás (VERGER, 1997, pág.139), Verger ap