QUEM É KAMUKÁ?
Àgo ye ègbón!
Existem três temas muito freqüentes nas discussões nas comunidades sobre religiões afro-brasileiras do Orkut: a balança, saber ou não que se ocupa e o Orixá Xangô Kamuká. O texto a seguir é parte de uma das discussões mais qualificadas de que já participei. Tentar falar sobre este Orixá tão introspectivo não é uma tarefa das mais fáceis para mim tendo em vista que sou da Nação Ijexá.
Digo isso porque a Nação Ijexá não cultua esse Orixá. Xangô Kamuká é um Orixá exclusivo da Nação Cabinda por isso peço antecipadas desculpas aos cabindeiros por qualquer erro que eu possa manifestar no que concerne a prática, cultura, tradição ou fundamentos dessa divindade tão enigmática.
O que sei sobre Kamuká é o que aprendi aqui e ali, com o que os cabindeiros me falavam ou com pessoas de outros lados que conheciam alguma coisa dele, além do que li em poucos livros como o do escritor e Babalorixá Paulo Tadeu Barbosa Ferreira e o do Prof. Dr. Norton Figueiredo Corrêa, além do que é postado nos tópicos das comunidades do Orkut como: “Nação Cabinda”, “Batuque do RS” e “Sou Batuqueiro Sim e Daí”. E o que sei é que Kamuká só seria cultuado na cabinda e que nenhuma outra nação deveria ou poderia cultuá-lo, pois esse Orixá é o do fundador dessa nação.
O que sei também é que o assentamento desse Orixá é feito no balé, pois teria ele grande aproximação com eguns. Meu tio-avô carnal, Cláudio de Oxum Docô, falecido babalorixá de Cabinda me disse inclusive que nem devemos pronunciar esse nome (Kamuká) dentro de casa, pois poderia atrair algum tipo de mal, porém sou totalmente cético sobre isto. Dizem ainda que Kamuká reside no cemitério, mais precisamente no forno (lugar onde se cremam os ossos) e que, por conta disso, se prestaria só ao dano. Esses são alguns dos motivos pelos quais não se dá cabeça de filhos para esse Orixá (que a essa altura me pergunto se é Orixá mesmo).
Vejam bem, não estou afirmando nada, estou apenas relatando o que me contaram.
Por outro lado tenho minhas pesquisas históricas e o que encontrei é que, segundo Norton Corrêa, quem fundou a nação Cabinda em Porto Alegre foi um africano chamado Gululu. No entanto a insistência dos descendentes de Cabinda em afirmar que o surgimento dessa nação se dá com o Esá (título que se dá a pais e mães-de-santo falecidos) Valdemar Antonio dos Santos, me leva a questionar se Gululu e Valdemar não seriam a mesma pessoa.
Cabinda é uma região da África que já foi independente, mas que hoje é uma província de Angola. Seus habitantes são originários do tronco lingüístico bantu e são os Bakongo, Bauoio, Baluango, Basundi, entre outros. Gululu é um nome notadamente bantu.Acredito que Gululu seja oriundo de Cabinda, provavelmente bakongo, pois essa etnia veio traficada para o Brasil em grande quantidade. Os Bakongo (singular Nkongo) cultuavam os Nkisi, espíritos mágicos ligados à natureza ou aos ancestrais. Na metafísica dos bantu, os Nkisi pertenciam ao seu lugar de origem e jamais eram movidos de lugar. Por isso, quando eles vieram para o Brasil, seus Nkisi ficaram na África. A sua profunda religiosidade os fez, então, serem atraídos para as religiões que conheceram aqui no Brasil. O catolicismo e as crenças indígenas os influenciaram e sincretizando-as com suas próprias crenças acabaram por dar origem à tão conhecida religiosidade popular do brasileiro.
Os sudaneses (complexo cultural Jeje-Nagô) vieram em menor número durante todo o processo escravagista sendo que em grande quantidade só a partir de século XIX. Diferentemente das crenças bantus, na metafísica dos sudaneses para onde iam suas divindades e ancestrais os acompanhavam. Por isso, ao chegarem no Brasil, trouxeram consigo sua cultura religiosa. É bem provável que uma parte dos bantus também tenham migrado para a religião desses sudaneses cultuando os Orixás.
É possível que Gululu seja um desses africanos de origem bantu que aprendeu a cultura dos Orixás aqui no Brasil com sudaneses, mas resolveu fundar uma sociedade religiosa com negros originários da mesma região, batizando sua nação, então, de Cabinda. Isso explicaria a cultura de Orixás e Voduns na nação de Cabinda que deveria cultuar Nkisi, mas não o faz. Mas isso não explica o Kamuká no culto.
Existe em Angola - bem distante de Cabinda por sinal - uma etnia bantu denominada Mbundu/Kamuka (http://www.embaixadadeangola.org/cultura/linguas/l_mbunda.html). Isso não diz muito exceto que a origem do nome Kamuká, agora comprovadamente, é bantu. E se hipoteticamente Gululu for o nome africano de Valdemar já que os escravizados eram batizados com nomes ocidentais quando chegavam no Brasil? Daí a coisa começa a se encaixar. Kamuká pode ser um Nkisi nsi, espírito ancestral ligado a um clã familiar. Esse espírito pode ser de um ente falecido que volta incorporado num descendente seu. Como se vê, a cosmogonia dos bantus é bem diferente da dos sudaneses. Entre esses últimos, espíritos de ancestrais (eguns) e divindades (Orixás) não se misturam e só os Orixás é que podem tomar “emprestado” o corpo de um humano.
Agora refletindo: se Valdemar (ou Gululu) cultuava Kamuká por que este era o Nkisi nsi de sua família, fica explicado o porquê de Kamuká não pegar mais filhos, nem de poder baixar em alguém. Por outro lado, também fica explicado do porquê desse “Orixá” ser cultuado próximo ou junto ao balé, pois na cosmogonia iorubá Kamuká seria um egun.
Espero ter contribuído para despertar o interesse nessa pesquisa. Por outro lado peço paciência para comigo aos cabindeiros que cultuam Kamuká de forma diferente da descrita nestas poucas linhas e sobretudo aos que não são da Nação Cabinda mas que também cultuam esse grandioso Orixá.
Digo isso porque a Nação Ijexá não cultua esse Orixá. Xangô Kamuká é um Orixá exclusivo da Nação Cabinda por isso peço antecipadas desculpas aos cabindeiros por qualquer erro que eu possa manifestar no que concerne a prática, cultura, tradição ou fundamentos dessa divindade tão enigmática.
O que sei sobre Kamuká é o que aprendi aqui e ali, com o que os cabindeiros me falavam ou com pessoas de outros lados que conheciam alguma coisa dele, além do que li em poucos livros como o do escritor e Babalorixá Paulo Tadeu Barbosa Ferreira e o do Prof. Dr. Norton Figueiredo Corrêa, além do que é postado nos tópicos das comunidades do Orkut como: “Nação Cabinda”, “Batuque do RS” e “Sou Batuqueiro Sim e Daí”. E o que sei é que Kamuká só seria cultuado na cabinda e que nenhuma outra nação deveria ou poderia cultuá-lo, pois esse Orixá é o do fundador dessa nação.
O que sei também é que o assentamento desse Orixá é feito no balé, pois teria ele grande aproximação com eguns. Meu tio-avô carnal, Cláudio de Oxum Docô, falecido babalorixá de Cabinda me disse inclusive que nem devemos pronunciar esse nome (Kamuká) dentro de casa, pois poderia atrair algum tipo de mal, porém sou totalmente cético sobre isto. Dizem ainda que Kamuká reside no cemitério, mais precisamente no forno (lugar onde se cremam os ossos) e que, por conta disso, se prestaria só ao dano. Esses são alguns dos motivos pelos quais não se dá cabeça de filhos para esse Orixá (que a essa altura me pergunto se é Orixá mesmo).
Vejam bem, não estou afirmando nada, estou apenas relatando o que me contaram.
Por outro lado tenho minhas pesquisas históricas e o que encontrei é que, segundo Norton Corrêa, quem fundou a nação Cabinda em Porto Alegre foi um africano chamado Gululu. No entanto a insistência dos descendentes de Cabinda em afirmar que o surgimento dessa nação se dá com o Esá (título que se dá a pais e mães-de-santo falecidos) Valdemar Antonio dos Santos, me leva a questionar se Gululu e Valdemar não seriam a mesma pessoa.
Cabinda é uma região da África que já foi independente, mas que hoje é uma província de Angola. Seus habitantes são originários do tronco lingüístico bantu e são os Bakongo, Bauoio, Baluango, Basundi, entre outros. Gululu é um nome notadamente bantu.Acredito que Gululu seja oriundo de Cabinda, provavelmente bakongo, pois essa etnia veio traficada para o Brasil em grande quantidade. Os Bakongo (singular Nkongo) cultuavam os Nkisi, espíritos mágicos ligados à natureza ou aos ancestrais. Na metafísica dos bantu, os Nkisi pertenciam ao seu lugar de origem e jamais eram movidos de lugar. Por isso, quando eles vieram para o Brasil, seus Nkisi ficaram na África. A sua profunda religiosidade os fez, então, serem atraídos para as religiões que conheceram aqui no Brasil. O catolicismo e as crenças indígenas os influenciaram e sincretizando-as com suas próprias crenças acabaram por dar origem à tão conhecida religiosidade popular do brasileiro.
Os sudaneses (complexo cultural Jeje-Nagô) vieram em menor número durante todo o processo escravagista sendo que em grande quantidade só a partir de século XIX. Diferentemente das crenças bantus, na metafísica dos sudaneses para onde iam suas divindades e ancestrais os acompanhavam. Por isso, ao chegarem no Brasil, trouxeram consigo sua cultura religiosa. É bem provável que uma parte dos bantus também tenham migrado para a religião desses sudaneses cultuando os Orixás.
É possível que Gululu seja um desses africanos de origem bantu que aprendeu a cultura dos Orixás aqui no Brasil com sudaneses, mas resolveu fundar uma sociedade religiosa com negros originários da mesma região, batizando sua nação, então, de Cabinda. Isso explicaria a cultura de Orixás e Voduns na nação de Cabinda que deveria cultuar Nkisi, mas não o faz. Mas isso não explica o Kamuká no culto.
Existe em Angola - bem distante de Cabinda por sinal - uma etnia bantu denominada Mbundu/Kamuka (http://www.embaixadadeangola.org/cultura/linguas/l_mbunda.html). Isso não diz muito exceto que a origem do nome Kamuká, agora comprovadamente, é bantu. E se hipoteticamente Gululu for o nome africano de Valdemar já que os escravizados eram batizados com nomes ocidentais quando chegavam no Brasil? Daí a coisa começa a se encaixar. Kamuká pode ser um Nkisi nsi, espírito ancestral ligado a um clã familiar. Esse espírito pode ser de um ente falecido que volta incorporado num descendente seu. Como se vê, a cosmogonia dos bantus é bem diferente da dos sudaneses. Entre esses últimos, espíritos de ancestrais (eguns) e divindades (Orixás) não se misturam e só os Orixás é que podem tomar “emprestado” o corpo de um humano.
Agora refletindo: se Valdemar (ou Gululu) cultuava Kamuká por que este era o Nkisi nsi de sua família, fica explicado o porquê de Kamuká não pegar mais filhos, nem de poder baixar em alguém. Por outro lado, também fica explicado do porquê desse “Orixá” ser cultuado próximo ou junto ao balé, pois na cosmogonia iorubá Kamuká seria um egun.
Espero ter contribuído para despertar o interesse nessa pesquisa. Por outro lado peço paciência para comigo aos cabindeiros que cultuam Kamuká de forma diferente da descrita nestas poucas linhas e sobretudo aos que não são da Nação Cabinda mas que também cultuam esse grandioso Orixá.
Pùpó Àṣẹ gbogbo!
_______________________________________
QUEM É KAMUKÁ? Artigo publicado no Jornal Bom Axé. Edição 32. Bellgrado. Janeiro/2008. Pág. 10
Sobre Cabinda em África leia MARTINS, Pe. Joaquim. Cabindas. História, crenças, usos e costumes.
Comissão de Turismo da Câmara Municipal de Cabinda: Angola, 1972.
Comentários
por iso quando alades rezão para ele nos de cabinda nos curvaos em respeito a um grande rei.
Somos quem somos... nos aceitamos e assumimos nossas ações...por mais pesadas que sejam...afinal ... alguém tem que fazer e é esse orixá que nos ensina o caminho ...
"(...) Relatos direto da África deixam claramente que o nome correto é “Kànbínà” e não se deve escrever “Kabinda”, pois seu nome deriva da palavra Yorùbá “Òkànbí + ònà” que traduzido ficaria (O caminho de Òkànbí), a primeira vogal “O” não se escreve, nem tão pouco é pronunciada. Kànbínà faz referência aos seguidores do culto dos Reis de Òyó, levando Òkànbí a posição do primeiro Rei de Òyó(...)."
E o pesquisador prosegue nos fornecendo valiosas e possíveis pistas sobre Xangô Kamuká, "(...) Sendo assim, fica claro que Kànbínà não é Bantú e sim Yorùbá, mais precisamente pertencem a raiz mais antiga do Òyó, sendo uma lástima que os adeptos do lado de Kànbínà, por desconhecer esses fatos, acreditam que tem alguma raiz Bantú e que essa Nação, cujo Rei é Kamuká veio direto da região de Kabinda, onde nunca se ouviu ao menos falar em algum Nkisi Kamuká, mas convido a todos a pesquisarem como Kamùkan, sendo um caminho de Sàngó como tantos outros, mas precisamente um Sàngó cultuado do lado de fora do templo(...)".
Devemos ter em mente que a pesquisa histórica sobre o Batuque do RS (e não afrosul, pois este termo não existe. Aparentemente foi criado por Baba Erick de Oxalá, de São Paulo, mas não é nem nunca foi usado no RS) carece de fontes primárias e tudo o que temos são a tradição oral (que é bem falha numa sociedade como a nossa) e a especulação.
Qualquer afirmação categórica, que tente por fim à questão, será sempre pretensiosa.
Não há um consenso com relação às origens históricas dessa nação.
Axé.
Até então estava tudo muito interessante, agora se dizer filho de Xangô Kamuka? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, tem que ter um para azedar o epô mesmo, kkkkkkkkkkkkkkkk.
Mas tirando isso, parabéns pelo tema amigo, muito bom.
Xangô Kamuka nao é sento no igbale e sim no buraco, pois xango é o rei da naçao e o dono do buraco, no igbalé cultuamos ele assim como cultuamos a oxum da vó palmirA, A OXUM DO VO ENRIQUE, O OXALÁ TALABI DE JoAO CARLOS E ENTRE OUTROS QUE FAZEM PARTE DO MESMO. Se xango kamuka é sento no igbalé oya tymboa tbm deveria ser senta pois os dois sao o rei e rainha dos egun, egunguns e gurufins.... nao existe filho de Xango kamuka BARUAOLOFINA, mas existe filhos de kamuka, nunca exclusivamente o BARUAOLOFINA, que é uma digina de um xango....
mutos rituais foram se perdendo, como os anjos de zina, oya tymboa e orumyla....
sou filho de orunmyla o qual nao come em meu ori e sim jobokúm, assim se faz as feitura destes santos, mas nem por isso deixo de ser seu filho....
Sou nitole d oxala, filho biologico e de santo, de pai cabral de oxalá orunylá OYBABÁOKEXÁ, herdeiro espiritual de Enrique Cassemiro Rocha Fraga, Pai Enrique de Oxum Olobomy....
Seguem referencias;
http://naroda.blogspot.com.br/2008/02/instituto-afrosul-odomod-carnaval-com.html
https://www.youtube.com/user/AfroSulOdomode/about
https://www.facebook.com/afrosul.odomode
https://www.youtube.com/user/AfroSulOdomode/about
Av. Ipiranga, 3850 Jardim Botânico Porto Alegre - RS CEP 90610-000 Fone (51) 21032915
O termo é usado desde 1974, portanto é usado no R.S.
Referente ao Sàngó Kamuka, a tradição Kànbína e o Batuque do R.S., eu coletei informaçoes, depoimentos, registros e documentos que formaram um grande trabalho, referente a estes temas....
Se me permitirem, e o professor Hendrix concordar eu quero postar o
www.olorun.com.br/artigos/A_ENTRONIZACAO_DO_ALAAAFIN_E_SUA_CONSERVACAO_A_RAIZ_RELIGIOSA_KANBINA_NA_RELIGIAO_BATUQUE_NAGO_DO_RIO_GRANDE_DO_SUL.pdf
Agradeço a todos por esta oportunidade e pela atenção.
O Odomodê é um afoxé e não tem qualquer relação com o Batuque. Conheço seus diretores. Já trabalhamos juntos.
Gostaria de dizer também que estou mais maduro intelectivamente e que na época em que escrevi o comentário (2012) nutria uma mágoa contra Bàbá Rudinei e Bàbá Erick. Mas a gente vai avançando em idade e em estudos e vai vendo que disputas são coisa de criança. Não posso apagar o passado, mas posso me redimir. Hoje minhas relações estão reatadas com estes dois pesquisadores e até os uso em meus artigos. A teoria de Bàbá Rudinei, embora a tenha abandonado, acredito ser viável a ponto de colocá-la em minha dissertação de mestrado. Outros textos também publicados na Revista Olorun editada por Bàbá Erick, também foram utilizados por mim. Sugiro a leitura.
Àse o.
Como assim o orixá de ori não come no orí? Isso não é quebra? Kamuka é qualidade de xangô? Achei que era xangô agodô kamuka e logo kamuka seria dijina de agodô.
https://drive.google.com/file/d/0B0QWMww0gZVYbFVKdm1wbkh5ODQ/view?pref=2&pli=1
https://drive.google.com/file/d/0B7oGeEZgb95gR21sVndZcVdGUWs/view
Vc podia me falar sobre Oxalá talabi
https://drive.google.com/file/d/0B0QWMww0gZVYc1lmck1oVVZPTWM/view
boa leitura.
Não é possível concluir nada sem localizar historicamente a pessoa que iniciou o Valdemar, já que ele nasceu no Brasil e, portanto, não trouxe nada da África.
Concordo integralmente apenas no ponto que conclui ser o Valdemar o Egun cultuado, e não um suposto orixá Kamuká.
Mas é um ótimo trabalho de pesquisa.
O problema que no artigo académico Bolivar, trocara o orixá do Antoinho da Oxum, filho de Mãe Donga da osun, lado Oyo, talvez confusão feita pelo informante do Bolivar.
Importante sabermos que não existe Batuque em qualquer lugar da África, desta forma seria impossível que viessem da Africa os diversos lados que o Batuque pratica aqui, pior de lugares diferente praticando os mesmos rituais, partindo deste conceito podemos imaginar que um dos lados foi a matriz para o que vemos hoje, considerando que os fundadores destes lados tiveram a sua iniciação feita por Batuqueiros, eliminando a possibilidade de suas feituras terem vindo da Africa, visto que já falei que não existe nenhuma tradição parecida com Batuque ou ate mesmo Candomblé na Matriz.
Indico a leitura de mais um artigo, para contribuir com o tema Nações;
NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS
https://luizlmarins.files.wordpress.com/2015/02/nacoes-religiosas-afro-brasileiras-nao-sao-nacoes-politicas-africanas.pdf
seguem recentes descobertas sobre a etnia Kamuka onde se encontra hoje a Nigéria;
KAMUKA NA NIGÉRIA
https://iledeobokum.blogspot.com/2020/10/kamuka-na-nigeria.html